3 de janeiro de 2011

IDEIAS VIA NOTE

Caminhar no calçadão é como andar numa esteira ergométrica.  No passo a passo observo a paisagem. O piso preto e branco desenhado não é o de Copacabana. Essa estampa se encontra nas cangas, em pleno verão. A canga que envolve o corpo, que protege, também pode virar esteira. Como um tapete, estendido na areia, vira toalha. Vai se virando na malícia do vento. Em outros verões esteiras eram feitas de tecido de junco, vime ou taquara. Um artesanato rústico à beira-mar. A praia pode mudar o texto, a moda, o ponto de encontro. A praia está lá e cada um faz a leitura que quiser, inventa seu tempero. Alguns criam, enquanto outros seguem, ou só vão na esteira...que significa acompanhar de perto. Esteira pode ser um rastro escumoso deixado por um navio na água. Eu não imaginei que escreveria tantas coisas sobre ela. Eu só fui caminhar no calçadão de Capão da Canoa.



Segue o blog. A praia de Capão da Canoa fica no litoral norte do Rio Grande do Sul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário