15 de janeiro de 2011

VERÃO DE A a Z / HISTÓRIA

Existia uma mulher que nunca tinha visto o mar. Algo estranho porque o mar é tão popular, é básico, como dizem. Por alguma circunstância do destino, dinheiro, por morar longe dele ou falta de oportunidade. Só sei que ela cresceu sem nunca ter visto o mar e um dia, lá pelas tantas da vida, ela teria a chance. Não lembro muito de detalhes, só lembro que ela não se digiriu a ele afoitamente. Ela não correu, se deslumbrou. Não procurou molhar os pés imediatamente ou jogar-se numa onda. Ela ficou parada em frente ao mar, olhando, olhando sem parar. Acho que nem chorou, mas tinha um ar emocionado, mais sério. Quanto tempo haveria perdido sem observar essa natureza, sem saber o que traduz o mar. Amores, dissabores, emoções descritas em sonetos e letras de música. De certo agora saberia o que é morrer de sede em frente ao mar. Poderia ter nascido à sua margem, brincado com ele, o desafiado, usufruido dele. Mas ela o comtemplava com o olhar de quem não vê há anos um velho amigo. Ela experimentou essa emoção de forma solitária e esqueceu todos que a olhavam em volta, inclusive eu. Ela era diferente, sem um diferencial, sem prumo. Mas parecia ter custado, mas o encontrado.




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