26 de julho de 2014

MINICONTO DE CAFÉ EM PELOTAS

NO AQUÁRIOS


Naquele dia o caminho foi longo. Percorreu as ruas de Pelotas, passou pela praça, pelos mesmos prédios. Mas o trajeto parecia sem fim até a cafeteria. Pensava muito enquanto caminhava. Precisava de um café para arrematar aquela tarde fria do inverno gaúcho. Avisaram que iria gear, cair neve. Ela não importou-se. Enquanto andava esfregava as mãos, nem as luvas pareciam ajudar. Usava manta, touca de lã, tudo que tinha direito no frio intenso que transformara a paisagem daquela cidade, suas manhãs e a hora de levantar. Tudo congelou de uma hora para outra.
Quando virou a esquina enxergou a imagem da antiga cafeteria. Só as lembranças foram como que descongelando, pensou em tudo que aconteceu. Como é difícil o final do amor. É cruel. É frio. Mas foi preciso. Tinha que voltar aquele lugar. Sentar na mesma mesa. Cair na realidade. Sabia que tudo acabaria com o tempo.
Imaginava um expresso com pão de queijo. Ele a acompanharia nas suas ideias. Dupla infalível para seus novos projetos. O café do Aquários seria um ponto de partida, como toda cafeteria. Naquele lugar vagam pensamentos entre as mesas, sorrisos, conversas, decisões, na eterna informalidade de um delicioso café.








Segue o blog...uma homenagem ao café do Aquários em Pelotas/RS


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