26 de março de 2013

Minha cidade, um porto alegre

A cidade que nasci completa 241 anos. Tão alegre esse porto onde vivemos, com suas ruas, esquinas, praças, lugares onde moramos com nossas famílias.
Mas não gosto de citar só esquinas. As esquinas são para fotografar, para encontrar, desencontrar, atravessar, pintar, descrever. Mas, mais que esquina, tem o meio da quadra. Caminhar pela cidade e pensar. Quando dobramos a esquina o caminho continua, o destino, o desejo também. E lá pelo meio da quadra que ele amadurece, fortalece. O pensamento voa pelo caminho, pela rua que passamos. E lá pelas tantas vira aprendizagem. Aprendemos a viver nessa cidade, que nos dá uma lição a cada dia.
Quando nos afastamos, a lembrança vai colorindo em matizes de várias formas. Como o pôr-do-sol. Só quem é porto-alegrense sabe o segredo.
A esquina, a neblina. Porto Alegre, tudo te ilumina.
Posso te oferecer como presente um poema ou uma música porque toda festa deve ser animada e sonhada.


 
 
 
 
O Mapa (Mario Quintana)
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(E nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E ha uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...
 
 
 
Segue o blog...

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