4 de março de 2014

Achados e perdidos - parte 2



Maria sorri. Está de volta ao Rio depois de alguns anos. O Rio de Janeiro continua lindo, fevereiro e março. É março. Carnaval. Ela sorri para a paisagem. Suspira. Entra no mar correndo para não se atrapalhar nas ondas. A água está um pouco fria, mas nem se importa. Quer sentar num bar e brindar um chope. Quer ir na Lapa. E vai. Não resiste ao vendedor de chapéus, compra um. Maria sorri. Sorri e samba no entorno da mesa do bar. No ritmo de um som carnavalesco.
No dia seguinte, caminha no calçadão de chapéu novo. Com fones no ouvido, circula na orla quando enxerga uma multidão se formar no entorno. Retira os fones para ouvir aquela agitação. É atraída pelo som das caixetas, que marcam o ritmo e trazem uma sensação contagiante. São os blocos tradicionais, trazendo a população para a rua. Começa a dançar também, encontra alguns amigos e esquece o chapéu na cadeira do restaurante. Volta apressada, mas não o encontra mais. Maria entristece, mas logo ganha outro chapéu de um amigo.
Quando vai embora, leva boas imagens na mente e saudade no coração. O avião levanta voo, é hora de pensar. A imagem da cidade some aos poucos no horizonte, tira o chapéu e coloca no colo. Quem encontrou o primeiro perdido, decerto samba feliz, em algum lugar do Rio de Janeiro.


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