2 de março de 2014

Achados e perdidos




O corredor do shopping estava calmo naquele feriado de carnaval. A cafeteria vazia. Era tudo que queria. Escolher a mesa três e ficar em paz. Pediu um pingado e quando olha para o lado, presa ao encosto da cadeira, estava uma máscara de carnaval. Azul. Seria de uma criança ou de um adulto aquela esquecida foliã? Não importa, alguém desatento deixou-a de lado. Antes de comentar com a garçonete, veio à memória outros carnavais. Por mais que optamos por descansar, colocar a vida em ordem, viajar ou curtir o carnaval em si, sempre há uma lembrança. Como um filme, desenhou-se a cena do camping naquela cidade do interior. Nada era difícil. À noite, os amigos desciam para o centro daquele pequeno lugar. Brincavam e dançavam nos bares e pela rua. Outros tempos. O café pingado chega fumegando, a garçonete não importa-se muito com a máscara esquecida. Decerto alguém voltará para resgatá-la. Ou não. Como as lembranças de carnavais. Como as músicas, os sambas-enredo e marchinhas que desfilam na memória, mesmo em outras versões.


 
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